Allium ampeloprasum
– Autóctone e presente em quase todo o território nacional
– Tem uma variante doméstica
– Planta bulbosa
Se o manjerico é de todos os santos, o alho-porro pertence apenas ao S. João! Mas antes de os santos cá chegarem, nas celebrações do solstício de verão já os celtas usavam o alho-porro (Allium ampeloprasum) e queimavam ervas aromáticas em grandes fogueiras para afastar o mau-olhado e trazer prosperidade e fertilidade.
O alho-porro bravo é a espécie de onde foi domesticado o alho-francês, e a flor que usamos no S. João é apenas um alho-porro espigado (ou em flor). É uma espécie com raiz bulbosa que ocorre naturalmente em quase todo o território nacional, desde zonas agrícolas a ripícolas, tendo por isso uma grande plasticidade e sendo muito fácil de encontrar.
E como há muitas maneiras de chamar a sorte, não sendo aconselhável este ano esfregar a flor do alho-porro em narinas alheias, podemos sempre colocá-lo atrás da porta e esperar que este solstício transformado em festa popular nos traga muita prosperidade, fertilidade e também um bocadinho de sorte 🙂