Podarcis virescens

– pertence a um complexo de espécies originárias do Norte de África
– largam a cauda para defesa
– dentro do seu complexo, é a espécie mais abundante em Portugal, a sul do rio Douro
A espécie da semana é a largatixa-verde ou esverdeada também chamadas de sardoniscas, de nome científico Podarcis virescens. Parabéns aos que acertaram!
Nesta altura devem encontrar lagartixas em muros e pedras ao sol, porque é assim que se aquecem (são animais ectotérmicos, enquanto que os mamíferos se aquecem através da alimentação e o seu metabolismo – endotérmicos). Quando apanhadas, tendem a soltar parte da cauda que continua a rabear para confundir os predadores e dar tempo à lagartixa para escapar, por isso vamos deixá-las ao sol a aquecer descansadas 😉
Existem várias espécies de lagartixas Podarcis na Peninsula Ibérica e Norte de África, de onde originalmente vieram há quase 6 milhões de anos, quando o Mediterrâneo secou e a Península Ibérica estava unida ao Norte de África. São ainda muito semelhantes morfológica e ecologicamente, e por isso formam o que se chama um complexo de espécies. No entanto, cada área geográfica geralmente só tem uma ou duas espécies:
Norte do rio Douro: lagartixa-de-Bocage (P. bocagei) ou a lagartixa-do-Noroeste (P. guadarramae);
Sul do rio Douro: a espécie mais comum é a nossa lagartixa-verde (P. virescens); nas zonas costeiras e ao longo da margem sul do rio Douro até Espanha podem também encontrar a lagartixa-de-Carbonell (P. carbonelli), que está atualmente e ameaçada de extinção por perda de habitat.