No Parque Nacional da Peneda-Gerês, como em todas as áreas protegidas, o ICNF não está a passar autorizações para actividades de visitação, mas, com as devidas precauções pessoais, a vigilância e o trabalho no terreno não pararam, apesar do Estado de Emergência decretado por causa da pandemia de covid-19. Quem faz trabalho administrativo está em tele-trabalho, em casa. Já os agentes florestais continuam a percorrer a serra, cumprindo tarefas cruciais para que à tragédia que o país anda a tentar evitar agora não se suceda, nos dias de maior calor, outra tragédia, a dos grandes incêndios.
Mesmo não tendo funções de vigilância, os CNAF – quase todos habitantes da região, e conhecedores do território – cumprem, garante Sandra Sarmento, um trabalho de sensibilização dos visitantes que encontram. Têm, assume, uma acção pedagógica. Que só acontece porque a autoridade do Estado, que esteve à beira da extinção, tal a falta de recursos humanos que chegou a existir, está a ser reintroduzida. Isso gera, normalmente, conflitos com as populações locais, que olham para o ICNF como uma entidade exterior e avessa aos seus interesses, muitas vezes, mas Sandra Sarmento acredita que, com “persistência, diálogo e compreensão” das necessidades da população, esse antagonismo pode ser esbatido.
Notícia em: https://www.publico.pt/2020/04/03/local/noticia/icnf-atento-acessos-mata-ramiscal-penedageres-1910835